16 de agosto de 2014

Assunção de Maria ao Céu

Mons. José Maria Pereira

No dia 15 de agosto a Igreja celebra a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, ou Nossa Senhora da Glória.

Diz o Prefácio da Solenidade que proclama maravilhosamente o mistério celebrado: “Hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança do vosso povo ainda em caminho, pois preservastes da corrupção da morte aquela que gerou de modo inefável o vosso próprio Filho feito homem, autor de toda a vida”.

            Trata-se de uma verdade de fé, um dogma, proclamada pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950: “Terminando o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Ali a esperava o seu Filho Jesus, com o seu corpo glorioso, tal como Ela o tinha contemplado depois da Ressurreição.

            As leituras contemplam esta realidade. A 1ª Leitura (Ap 11, 19; 12, 1-10) apresenta uma mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés, e do Filho que ela deu à luz, um varão, que irá reger todas as nações. Nesta imagem a Mulher e o Filho representam Jesus Cristo e a Igreja, mais a mulher confunde-se também com Maria, pois nela realizou-se plenamente a Igreja.

            A 2ª Leitura (1 Cor 15, 20-27) completa a idéia da 1ª. Paulo, falando de Cristo, primícia dos ressuscitados, termina dizendo que, um dia, todos os que crêem terão parte na Sua glorificação, mas em proporção diversa: “Primeiro, Cristo, como os primeiros frutos da seara; e a seguir, os que pertencem a Cristo” (1 Cor 15, 23). Entre os cristãos, o primeiro lugar pertence, sem dúvida, a Nossa Senhora, que foi sempre de Deus, porque jamais conheceu o pecado. É a única criatura em quem o esplendor da imagem de Deus nunca se viu ofuscado; é a Imaculada Conceição, a obra prima e intacta da Santíssima Trindade em quem o Pai, o Filho e o Espírito Santo sentiram as suas complacências, encontrando nela uma resposta total ao Seu amor.

            A resposta de Maria ao amor de Deus ressoa no Evangelho (Lc 1, 35-56), tanto nas palavras de Isabel que exaltam a grande fé que levou Maria a aderir, sem vacilação alguma à vontade de Deus, como nas palavras da própria Virgem, que entoa um hino de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizou nela.

            Ela é a nossa grande intercessora junto do Altíssimo. Maria nunca deixa de ajudar os que recorrem ao seu amparo: “Nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção fosse por Vós desamparado”, rezava São Bernardo. Procuremos confiar mais na sua intercessão, persuadidos de que Ela é a Rainha dos céus e da terra, o refúgio dos pecadores, e peçamos-lhe com simplicidade: Mostrai-nos Jesus!

            A Assunção de Maria é uma preciosa antecipação da nossa ressurreição e baseia-se na ressurreição de Cristo, que transformará o nosso corpo corruptível, fazendo-o semelhante ao seu corpo glorioso. Por isso São Paulo recorda-nos (1 Cor 15, 20-26): “Se a morte veio por um homem (pelo pecado de Adão), também por um homem, Cristo, veio a ressurreição. Por Ele, todos retornarão à vida, mas cada um a seu tempo: como primícias, Cristo; em seguida, quando Ele voltar, todos os que são de Cristo; depois , os últimos, quando Cristo devolver a Deus Pai o seu reino...Essa vinda de Cristo, de que fala o Apóstolo, disse o Papa João Paulo II, “não devia por acaso cumprir-se, neste único caso (o da Virgem), de modo excepcional, por dizê-lo assim, imediatamente, quer dizer, no momento da conclusão da sua vida terrena? Esse final da vida que para todos os homens é a morte, a Tradição, no caso de Maria, chama-o com mais propriedade dormição.  Para nós, a Solenidade de hoje é como uma continuação da Páscoa, da Ressurreição e da Ascensão do Senhor.  E é, ao mesmo tempo, o sinal e a fonte da esperança da vida eterna e da futura ressurreição”.

            A Solenidade de hoje enche-nos de confiança nas nossas súplicas. Pois, diz São Bernardo, “subiu aos céus a nossa Advogada para, como Mãe do Juiz e Mãe de Misericórdia, tratar dos negócios da nossa esperança.” Ela alenta continuamente a nossa esperança. Ensina São Josemaria Escrivá: “Somos ainda peregrinos, mas a nossa Mãe precedeu-nos e indica-nos já o termo do caminho: repete-nos que é possível lá chegarmos, e que lá chegaremos, se formos fiéis. Porque a Santíssima Virgem não é apenas nosso exemplo: é auxílio dos cristãos. E ante a nossa súplica – mostra que és Mãe – , não sabe nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal.

            Fixemos o nosso olhar em Maria, já assunta aos céus. Ela é a certeza e a prova de que os seus filhos estarão um dia com o corpo glorificado junto de Cristo glorioso. A nossa aspiração à vida eterna ganha asas ao meditarmos que a nossa Mãe celeste está lá em cima, que nos vê e nos contempla com o seu olhar cheio de ternura, com tanto mais amor quanto mais necessitados nos vê.

            No dia dedicado às Vocações Religiosas, Maria é apresentada como Modelo de pessoa consagrada e um “sinal” de Deus no mundo de hoje.


10 de agosto de 2014

BALANCETE DO 45º ENCONTRO ANUAL

NOTA
                
Os antigos alunos presentes ao 45º Encontro Anual proporcionaram uma receita capaz de pagar as despesas e oferecer uma doação ao nosso Seminário.
Abraço a todos e muito obrigado.
Humberto

RECEITA
- Doações Associados                 R$6.115,25
- Doações para o Boletim           R$   300,00
- Sorteio / Rifa                            R$   530,00
  TOTAL:                                      R$ 6.945,25 (A)

DESPESAS
- Refeições e Minimercado        R$ 1.185,25
- Boletim                                       R$  300,00
- Empregadas                               R$  560,00                                                  
(4 empregadas X  2 dias a R$70,00/dia) 
- Doação ao Seminário              R$4.900,00-
Total:                                           R$6.945,25  (B)

SALDO DO 45º ENCONTRO                      R$0,00 (A-B)

SALDO DO 44º ENCONTRO                               R$3.794,07

SALDO PARA O 46º ENCONTRO                      R$3.794,07

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2014
Humberto Perlingeiro Neto - Tesoureio



2 de agosto de 2014

ALEGRIA DE ESTAR EM CORRÊAS PARA O 45º ENCONTRO ANUAL


Abertura Oficial

Fotos: Acervo MCVanzan

Abertura do 45º Encontro Anual 

Antigos alunos são recebidos por monsenhor Paulo Daher na Capela do Seminário, às 12 horas, no sábado chuvoso e frio, do dia 26 de julho, para abrir, oficialmente, o 45º Encontro Anual da Associação dos Antigos Alunos do Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino. Monsenhor José Maria Pereira recebe a todos, cordialmente e com sorriso nos lábios, transparecendo alegria no coração.
Após o almoço, as conversas ecoam pelos corredores das galerias no térreo. Sem futebol, por causa do péssimo estado do gramado, encharcado pelas chuvas dos últimos dias, a turma dispõe de muitas horas para colocar o papo em dia. 

Geraldo Tamiozzo, presidente da Associação dos Antigos Alunos do Seminário, na abertura do 45º Encontro Anual


Uma história interessante contada pelo Gerson 

Geraldo Tamiozzo e Padre Sebastião Coelho

Monsenhor Paulo Daher (ao centro) posa para foto
com a antigos alunos

José Antônio e João Sidnei
(Esquerda para direita) Geraldo Ribeiro, Pe. Geraldo Lima, Nelson Teles e Gerson da Conceição
Momento Mariano


A noite chega de mansinho, às cinco da tarde, e com ela o frio do inverno na serra. Prontos para o momento Mariano, os ex-seminaristas, em silêncio, oram na Capela São João Paulo II, no Seminário Maior. Sob a organização perfeita do presidente Geraldo Tamiozzo o Momento Mariano transforma-se no ápice do encontro com nossa Mãe, Maria, Nossa Senhora do Amor Divino. João Sidnei juntamente com outros ex-seminaristas meditam, entre um canto e outro em louvor a Nossa Senhora. Em seguida, o grupo, em procissão, ruma em direção à Capela do Seminário Menor, passo a passo, subindo a ladeira de paralelepípedos iluminada pelas velas incandescentes. A caminhada faz uma breve pausa no portal do Seminário para triunfalmente alcançar a Capela onde termina o Momento Mariano.












Associação dos Antigos Alunos homenageia 
Antônio Carlos Duarte

Celso Silva foi o responsável por descrever para os associados o currículo do Duarte em prol da Associação. Emocionado, ele fala do colega: “Duarte é um benfeitor do Seminário e da Diocese de Petrópolis. Foi um dos primeiros presidentes da Associação dos Antigos Alunos. Entre os seus muitos trabalhos, eu destaco a criação dos Encontros Regionais, quando viajou para São Paulo, Fortaleza e Brasília para vivenciar com os colegas dessas regiões os encontros locais; a Campanha dos 100 para alcançar esse número no Encontro Anual, conquista realizada com muito sucesso; Projeto Memória, que funciona muito bem até hoje; professor de Arte Sacra no Seminário, há 30 anos, sem nenhuma remuneração pelo trabalho realizado com carinho e enorme dedicação; elevador do Seminário; iluminação natural do nicho de Nossa Senhora do Amor Divino, na Capela; restauração e ampliação da casa de dona Lavínia; o projeto da capela do Seminário Maior; reforma da Casa do Padre, entre outros”, conclui Celso.

O diploma de Honra ao Mérito foi entregue pelas mãos do Padre Geraldo Lima. Agradecendo pela homenagem, Duarte, acanhadamente, declara que ela é “um gesto de generosidade dos colegas”, arremata. E prossegue falando para os colegas com o seu inconfundível tom calmo e ponderado, demonstrando a sua tremenda simplicidade. Pede licença aos associados e declara que deseja lançar luz sobre algumas personalidades que marcaram e marcam a sua vida. Fala do Papa Francisco, “exemplo para a sociedade e para a própria Igreja; Dona Lavínia, poderosa embaixatriz que se recolhe ao mínimo; Dom Cintra, homem extraordinário que pelas suas mãos assistimos a construção do Seminário, a compra da fazenda do Seminário, em 1956, a construção da torre da Catedral de São Pedro de Alcântara e a criação da Universidade Católica de Petrópolis”. E prossegue em sua descrição: “Monsenhor Paulo Daher, Dom Veloso, Dom Giorgio Facchin, que resgata os antigos alunos para o Seminário através da Associação dos Antigos Alunos.” Ao final, conclui: “resumo tudo isso em um sonoro, MUITO OBRIGADO.”

PADRE GERALDO LIMA
50 de dedicação ao povo de Deus

Em seguida, em nome da Associação, Sebastião Mataruna saúda o Padre Geraldo Lima como convidado especial do 45º Encontro Anual. Destaca que ele é o representante da turma número um do Seminário, de 1949. Ordenado padre em 29 de junho de 1964, comemora 50 anos de sacerdócio. “Tenho orgulho de ser seu amigo”, afirma Mataruna. Padre Geraldo agradece ao amigo de tantos anos e fala para os associados sobre a sua vida como sacerdote: “é uma caminhada importante porque ela foi construindo o meu modo de ser. Nestes 50 anos, Deus foi me guiando e contribuindo para eu pensar no povo e o que Ele quer de mim. O sacerdócio para mim é a realização como pessoa humana. O ser feliz é motivo de alegria para os outros. Na comunidade, mobilizo os outros para a ação e busco quem é mais comunicativo. Trabalho para perceber os valores das pessoas da comunidade. Devemos perguntar: O que é que Deus quer de mim hoje? Além dos trabalhos como padre, dedico-me com prioridade a Pastoral da Terra e da Saúde”.
Com satisfação diz que foi Dom Cintra que o trouxe para o Seminário. Perguntado sobre a razão de ser chamado, quando seminarista, de Barnabé, esclarece que foi porque o seu irmão assumiu o nome de Frei Barnabé. 

Sebastião Mataruna e Padre Geraldo Lima 
Churrasco e Sorteio de Brindes

A noite de sábado termina com muita alegria e descontração, no pátio, onde é servido um delicioso churrasco pelo Délio e Afrânio e o sorteio de brindes que agradou a todos. Um momento de descontração. 



Domingo - Oração da Manhã Laudes

Encontros Anuais
Adentrando aos muros dessa casa, 
parece que ouvimos o som do sino
lembrando qual é nosso dever;
a mente, então, abre sua asa:

aflora, à memória, as horas de ensino, 
do recolhimento, rezas ou do lazer;
os momentos passados na capela, 
em frente a Deus Filho no sacrário.

Deslumbrante e suave a imagem Dela 
apresenta a pomba do Amor Divino
no principal lugar do seminário...

O abraço do amigo-irmão em hino
se transforma, se converte em oração
a Nossa Senhora do Amor Divino

Sebastião Mataruna Cardin 


  




Café da Manhã








Alegria do Evangelho 
Palestra do Monsenhor José Maria Pereira, 
Reitor do Seminário

Monsenhor José Maria Pereira fala
para platéia atenta
Monsenhor José Maria conduziu uma reflexão sobre o livro “A Alegria do Evangelho”, fruto dos trabalhos da reunião do Sínodo dedicado à nova evangelização para transmissão da fé, realizado em outubro de 2012, transformado em livro, pelo Papa Francisco. Na abertura o Santo Padre convida a todos – Episcopado, clero, pessoas consagradas e aos fiéis leigos - para uma nova etapa evangelizadora marcada pela alegria e indica caminhos para a marcha da Igreja nos próximos anos. A missão de evangelizar no mundo atual. Entre os temas em destaque as diretrizes da evangelização.

Monsenhor José Maria destacou as principais questões relatadas pelo Papa Francisco: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo renasce, sem cessar, a alegria. Com Jesus Cristo renasce sempre a alegria. A alegria de servir”.

Na abertura o Santo Padre dirige-se aos fieis cristãos convidando a todos para uma nova etapa evangelizadora, percurso imperativo da Igreja nos próximos anos.

Dá destaque para o grande risco do mundo atual: “a avassaladora oferta de consumo. Um consumismo doentio, frieza individualista na busca desordenada de prazeres superficiais das consciências individuais”. Tornamo-nos indivíduos fechados em nós mesmos, em nosso egoísmo. E afirma categórico o Papa: “Já não se ouve a voz de Deus e essa não é a escolha de uma vida digna”.

O Papa convida a todos os cristãos a renovar o encontro pessoal com Jesus Cristo ou pelo menos a tomar decisão de procurá-Lo no dia a dia e não deixar de contar com Ele.

Conclama a todos para assumir o compromisso evangelizador de forma verdadeira. Afirma que na doação, a vida se fortalece. A vida amadurece na medida em que a pessoa se entrega, ao dar a vida aos outros.
Outro tema em destaque no livro é o mundo atual. O Papa afirma, “que o desafio do mundo atual é a humanidade viver neste momento uma virada histórica. Na era do conhecimento temos que dizer não a economia de exclusão e da desigualdade social. Não é possível que a morte ou o isolamento do idoso num abrigo não seja notícia. Hoje, o ser humano é considerado um bem de consumo que é usado e depois jogado fora. A cultura descartável. Não nos interessamos em cuidar dos outros. Devemos dizer não a nova idolatria do dinheiro. A ditadura de uma idolatria do dinheiro e do consumo. A ambição do poder e do ter não conhece limites. O dinheiro deve servir e não governar. O real dá lugar à aparência.”

Outro tema do livro é a família, que atravessa uma crise. A contribuição do matrimônio para a sociedade é contraditória hoje, quando por qualquer pequena razão desfaz-se o casamento.

Aborda, também, o desafio da educação nos seminários. “Não se pode encher os seminários sem critérios porque, hoje, a escolha de entrar para o seminário não é dos pais como aconteceu muitas vezes no passado”, esclarece o Papa Francisco.

Voltando ao tema da evangelização afirma: “A melhor motivação para pregar o evangelho é contemplá-lo com amor. O evangelho dá respostas à realidade do ser humano”. Jesus Cristo é o esteio. Devemos caminhar com Ele e não caminhar tateando, porque a vida com Jesus é mais fácil para encontrar um sentido para cada coisa: para os filhos, para o trabalho, para a vida em sociedade. O verdadeiro missionário é discípulo de Jesus. Trabalha com Ele, respira com Ele, conclui Monsenhor José Maria Pereira.






Ao fim da palestra, José Geraldo Heleno conversa com Padre Geraldo Lima 

Santa Missa, Almoço de confraternização e despedida 
 

Oração de agradecimento ao Senhor pelo alimento servido


Vídeo com depoimento do Pe Geraldo Lima.
Ele convida os antigos alunos, ex-seminaristas, para os Encontros Anuais da Associação
dos Antigos Alunos do Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino