28 de abril de 2013

Diocese de Petrópolis ganha três novos sacerdotes

Muito antes do início da Santa Missa a Catedral estava repleta de fiéis

O diácono Sebastião dos Santos Coelho entrando na Catedral


Diácono Sebastião em direção ao altar



A Igreja Católica ordenou hoje à tarde, na Catedral de Petrópolis três novos padres. Foram consagrados presbíteros por dom Gregório Paixão, os diáconos Guilherme de Almeida Ambrósio, Reginaldo Pereira Pinto e Sebastião dos Santos Coelho. A Catedral de São Pedro de Alcântara em festa para receber os escolhidos estava repleta de fiéis para a Santa Missa de ordenação sacerdotal. 



“Não foste vós que me escolheste, mas fui eu que vos escolhi”  - Jo 15,16
Os fiéis que rezaram com os novos padres
Dom Gregório, em sua homilia, destacou que “nos momentos mais difíceis é que o nosso coração mostra quem somos. Jesus passou por momento de grande tribulação, mas manteve o seu equilíbrio”. E continuou dom Gregório, “na beleza deste evangelho (Jo 13 - 31 a 35) com os corações voltados para o Senhor, devemos colocar o coração em favor da humanidade”.
Ao se referir aos diáconos, que se consagravam naquele momento ao sacerdócio, destacou dom Gregório: “Sebastião foi seminarista, casou e foi feliz com sua esposa durante 38 anos. O casal teve dois filhos, Júlio César e César Augusto. Ao perder a esposa retornou ao Seminário....A querida Teresinha lá no céu, olha para este passo que ele dará, depois de tantas experiências”. “O diácono Guilherme, ainda como Coroinha foi chamado pelo Senhor, e depois de muito pensar decidiu: vou ser sacerdote”. “O outro diácono, Reginaldo, lá de Minas Gerais, encontrou a vocação, pelo desejo de servir a Deus. Deixou tudo para servir o Irmão”. E continuou o bispo, “como ser sacerdote se não ouvir a Palavra?". E acrescentou: 'o sacerdote tem de ser um pastor com cheiro de suas ovelhas', "como disse o nosso grande Pastor, o papa Francisco". E exortou: “sejam profundamente amantes da Palavra porque a gente só dá aquilo que se tem. Sejam homens felizes, alegres, porque nós devemos pregar com sorriso; manifestem alegria e interessem-se pela vida das pessoas, que Deus colocar em seus caminhos. Deus não nos mede pela capacidade de fazer, mas pela capacidade de amar.” Finalizando, o Bispo, agradeceu aos padres formadores do Seminário, padre Rogério Dias da Silva, vice-reitores padres Leandro Libânio Lopes da Silva e João Rosa; ao diretor espiritual padre Alexandre Brandão dos Santos e padre Francisco Montemezzo, que há mais de vinte anos ajuda no Seminário.

Os filhos, Júlio César e César Augusto (ao centro de terno entre os seminaristas ) levam a batina que será vestida em seguida pelo pai
 Ao fim da Santa Missa, o agora padre Sebastião dos Santos Coelho em nome dos três novos sacerdotes agradeceu aos padres presentes, aos religiosos e religiosas em geral, ao desembargador Carvalho Batista, ao comandante do exército Getúlio Barros Neto, aos seminaristas, aos Antigos Alunos do Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino, ao Exmo Prefeito de Tocantins de Minas Gerais, Sr. Carlos Dias. E com muita emoção, afirmou: ”hoje o Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino se alegra ao entregar três novos sacerdotes. É um momento de grande júbilo porque entregamos a nossa vida em Deus: “Não foste vós que me escolheste, mas fui eu que vos escolhi” Jo 15,16. Tenho gratidão a Deus e peço que Ele nos conceda a Graça de sermos bons sacerdotes. Agradecemos especialmente a dom Gregório, que apontou o nosso caminho da santidade. Gratidão a dom Filipo Santoro, mons. Paulo Daher, aos formadores de ontem e de hoje, aos diretores espirituais, que souberam ouvir e aconselhar-nos, aos nossos párocos pela indicação de entrada no Seminário, aos padres que em nossas pastorais, nos deram exemplos de amor, ao padre Jac, aos professores que nos prepararam intelectualmente, aos seminaristas, que se dedicaram a dar-nos o amor fraterno, as Irmãs do Bom Conselho, aos funcionários do Seminário, ao Serra Clube pelo carinho, aos médicos e médicas que nos acompanharam, aos cerimonialistas, ao padre Moises, Pastoral da Comunicação, ao Instituto S. José, aos queridos Amigos (Antigos Alunos do Seminário), ao mons. Jorge Facchin, ao Povo de Deus pelo carinho e generosidade por estarem aqui hoje. E aos irmãos sacerdotes Guilherme de Almeida Ambrósio e Reginaldo Pereira Pinto, que Deus os abençoe e os acompanhe. Aos familiares, amigos e parentes, aos meus filhos Júlio César e sua esposa e César Augusto e a minha futura nora, que entenderam os anseios do meu coração.

Padre Sebastião faz agradecimentos em nome dos três novos sacerdotes


"Agora tenho que dividir o meu pai com muitos outros filhos"


Para finalizar, padre Sebastião, registrou uma resposta do seu filho Júlio César a um amigo, que lhe perguntou o que ele achava do seu pai ter o desejo de ser padre.  O que você acha, perguntou o amigo. A resposta certeira e clara foi: “maravilhoso. Tudo muito bom. Agora tenho que dividir o meu pai com muitos outros filhos”.

E concluiu, o nosso querido padre Sebastião: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado, respondeu o Povo de Deus, seguindo-se uma calorosa salva de palmas, que ecoou em toda a Catedral. 


A presença de muitos amigos da Associação dos Antigos Alunos


Celso Silva vibra com o abraço no amigo Pe. Sebastião
Grande número de antigos alunos foram homenagear o Amigo de Corrêas, padre Sebastião dos Santos Coelho. Entre eles, o presidente da Associação, João Sidnei, Humberto Perlingeiro, Celso Silva, Délio Ribeiro, Valter da Silva Pinto, Deusdedith da Silva, Sebastião Mataruna, Nelson Teles, João Oscar Pereira Jales, Afrânio Vanzan, Luiz Carlos dos Santos, Ademir Lopes dos Santos, Aéssio Licurgo Martins (que recebeu os nossos parabéns pelo seu aniversário ontem), Joaquim Nésio Coelho, Antônio Oliveira, Geraldo Marques, Carlos Roberto Furtado, Paulo Sérgio de Oliveira, Almir Ferreira de Moraes, Vanderlei Rodrigues de Oliveira, Rogério Tosta e Vinicius Rodrigues Puggian, Ademar (de São José do Rio Preto, irmão do Calu) e José Carlos Benevides.

Padre Sebastião abraça o amigo Sebastião Mataruna
Délio Ribeiro pronto para abraçar ao amigo padre Sebastião
Antônio Oliveira abraça o amigo padre Sebastião



Assista ao vídeo. Padre Sebastião abençoa os Antigos Alunos






25 de abril de 2013

Curta a Imagem do novo brasão da Diocese de Petrópolis

O amigo MCVanzan nos enviou o brasão da Diocese de Petrópolis para postar no Amigos de Corrêas.

Aí vai.



Na nota "Diocese de Petrópolis ganha novo brasão" o internauta pode ler a explicação de cada detalhe do novo brasão.

23 de abril de 2013

Diocese de Petrópolis ganha novo brasão


Ao navegar pelo site da Diocese de Petrópolis, www.diocesepetroplis.org.br , o presidente João Sidnei escreveu ao Amigos de Corrêas: “acabo de ver o novo brasão da diocese, e julgo ser importante que nosso blog também divulgue.”.
Com conteúdo explicativo longo e detalhado, a nota no site da diocese explica que por iniciativa de dom Gregório Paixão foi criado o novo brasão. “O brasão é importante pois identifica a diocese em todos os documentos e materiais produzidos pelos diversos órgãos diocesanos e paróquias”, comentou o bispo. 

Clique aqui para conhecer o novo brasão e ler a matéria publicada: 

20 de abril de 2013

Sebastião dos Santos Coelho será ordenado padre no próximo domingo

Sebastião (à direita)  no Encontro
Anual dos Antigos Alunos
Foto: MCVanzan
Sebastião dos Santos Coelho, Guilherme de Almeida Ambrósio e Reginaldo Pereira Pinto serão ordenados sacerdotes no próximo domingo, 28 de abril, na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, às 15h. 

Vamos prestigiá-los com a nossa presença dando-lhes "aquela força" para a nova caminhada que iniciarão em suas vidas, realizando o sonho de servir ao Senhor.  

São mais três padres para a Igreja, oferecidos pelo Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino.

Os três convidam, antecipadamente, para a Primeira Missa Solene: Pe. Sebastião celebrará em Senhora dos Remédios, MG, no dia 30 de abril, às 19h30m, na matriz Nossa Senhora dos Remédios; Pe. Guilherme, em Magé, RJ, na matriz Nossa Senhora da Piedade,  no dia 29 de abril, às 19h30m. e Pe. Reginaldo, em São José do Tocantins, MG, na matriz de São José, no dia 1º de maio, às 18h.

Amigos de Corrêas agradece o "auxílio luxuoso" do nosso presidente, João Sidnei, que enviou o convite, que ilustrou esta nota.


“Não foste vós que me escolheste, mas fui eu que vos escolhi”.
(Jo 15,16)





17 de abril de 2013

Aniversário do presidente João Sidnei


                                                                     
                           Foto: MC Vanzan

O presidente da Associação dos Antigos Alunos, João Sidnei faz aniversário, nesta quinta-feira, 18 de abril. 
Receba o nosso caloroso e fraterno abraço. 
Muito obrigado pela convivência saudável, alegre e pelo seu trabalho na Associação.
Vivas ao Presidente!


14 de abril de 2013

Churrasco no Seminário

Neste domingo,  o Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino recebeu para um farto churrasco, centenas de diocesanos, que compartilharam com suas famílias momentos agradáveis de confraternização social.

O incansável reitor, padre Rogério Dias, andou e conversou com muitos conhecidos e amigos do Seminário.

Foram registradas as presenças de Mons. Paulo Daher e de representantes da Associação dos Antigos Alunos, o presidente João Sidnei Claveri Constâncio, Eraldo Bittencourt , Nelson Teles (e Iara Teles) e Luiz Cláudio Pacheco.

9 de abril de 2013

Hoje é o dia do aniversário de Monsenhor Jorge Facchin

Foto: Duarte
Monsenhor Jorge Facchin, o nosso reitor!

Que esta seja uma data feliz, cheia da Graça do Pai.
Saúde e Paz!

Vai daqui, um abraço da Associação dos Antigos Alunos do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino e do Amigos de Corrêas.

4 de abril de 2013

HPerlingeiro enviou Oração da manhã e da noite de Mons. Paulo Daher

ORAÇÃO DA MANHÃ E DA NOITE – MONSENHOR PAULO DAHER

Oração da manhã
Meu Deus, eu acredito que é meu Pai bondoso.
Estou começando um novo dia.
Reconheço-O como meu Senhor,
Agradeço-lhe seu poder e proteção.
Acredito que meu dia com os trabalhos
e ocupações pode ficar em suas mãos.
Vou encontrar muita gente:
desejo-lhes todo o bem e alegria.
Peço-lhe: calma para pensar e resolver melhor tudo, 
bondade para tratar bem a todos, 
constância nos trabalhos, 
atenção a todos,
paciência com os aborrecimentos.
Sei que nem sempre faço o que é certo,
seja em meus pensamentos, olhares,
seja em meus desejos ou atitudes.
Peço-lhe desde já desculpas.
Dê-me força para vencer a mim mesmo
e ir melhorando cada dia mais.
Vou aprender mais coisas sobre sua vida, sobre Cristo, nosso irmão e amigo.
Quero conhecer sempre o que Cristo
Ensinou sobre esta vida, sobre o céu,
sobre o Senhor mesmo, sua bondade e amor.
Que eu aprenda a viver mais seguro,
lendo o Evangelho, procurando seguir os conselhos e exemplos que aí encontro.
Fique comigo durante todo este dia.
Coloco em suas mãos tudo o que eu fizer.
Que tudo seja bem feito e agradável ao Senhor, e a todos os que comigo
estiverem durante mais este dia de felicidade e alegria – AMÉM


Oração da Noite
Já se passou mais um dia
Obrigado, meu Deus, pelo bem que recebi, 
Por todas as pessoas que encontrei.
Muitas coisas boas pude fazer hoje,
porque o Senhor estava perto e me ajudou.
Outras não foram tão certas: comigo e com os outros Desculpe, Senhor, 
ainda sou fraco.
Ajude-me a melhorar com sua compreensão.
A vida neste dia me ensinou mais coisas.
Quero ir aprendendo sempre mais,
compreender que tenho de ajudar os outros, como tantos me ajudam sempre.
Às vezes me esqueço: parece que todos
devem me servir e se sacrificar por mim.
Eu também quero colaborar, fazendo alguma coisa em casa, na minha rua ou
edifício.
Vou descansar, enquanto tanta gente
continua trabalhando ou estudando.
Ajude-os, Senhor, na luta pela vida.
Nesta noite, eu me coloco em suas mãos,
para que repousando tranqüilo,
eu possa trabalhar com mais alegria amanhã.
Não quero ser peso para ninguém.
Abençoe meus pais, irmãos, parentes,
amigos e todos os que me fazem bem.
Para aqueles que não me querem bem,
eu lhe peço: ilumine-os para se tornarem melhores Que os santos, a Virgem
Maria, nossa Mãe, fiquem aqui também comigo - AMÉM

2 de abril de 2013

Por que o silêncio de Deus? Não seria mais fácil se Deus se mostrasse?


A resposta à questão se depreenderá da consideração dos seguintes pontos :

1. Deus quer, sem dúvida, que todos os homens se salvem (cf. 1 Tim 2,4 e «P. R.» 29/1960, qu. 2). Donde se conclui que o Criador concede a cada indivíduo humano os meios necessários à salvação.

2. Tais meios são geralmente consentâneos com o curso natural das coisas; já que Deus é o Autor das leis que as regem, Ele costuma utilizar as criaturas para executar seus desígnios no mundo.
Por conseguinte, Deus se manifesta a todo homem:

a) pelos seres visíveis que o cercam, seres contingentes que só se explicam pela existência de uma Causa Absoluta, a qual é Deus. O homem, portanto, usando de sua razão, mediante o principio de que tudo que começa a existir tem uma causa, pode chegar ao conhecimento da existência de Deus e de alguns dos seus atributos (Onipotência, Sabedoria. Bondade, Justiça…);

b) pela lei natural, que no intimo de cada consciência clama: «Faze o bem, evita o mal». Essa voz, anterior a qualquer deliberação, é a voz do Autor mesmo da natureza. O homem que siga sinceramente tal ditame, segue o bem, e, passando de bem finito a bem finito (de ato bom, virtuoso, a ato bom, virtuoso), adquire comunhão cada vez mais íntima com a Fonte de todos os bens e virtudes, que é Deus.

3. Além de se manifestar de modo natural (pelas criaturas visíveis e pelos ditames da consciência), o Senhor Deus houve por bem revelar-se aos homens de maneira sobrenatural, isto é, falando pelos Profetas e por seu Filho único feito homem (Jesus Cristo).

4. A revelação sobrenatural foi munida de credenciais a fim de merecer a aceitação inteligente e consciente dos homens.
Entre essas credenciais, registram-se os milagres realizados por Cristo, dos quais o mais expressivo é a ressurreição do próprio Senhor Jesus.
Pode-se dizer que todo o Cristianismo está baseado na proposição da ressurreição de Cristo: «Se Cristo não ressuscitou, vã é a vossa fé», escreve São Paulo (1 Cor 15,17). Ora a ressurreição de Jesus deve ter sido um fato real, pois certamente o mundo no qual ela foi inicialmente apregoada, não estava em absoluto predisposto a aceitar tal fenômeno; ao contrário, os Apóstolos e discípulos de Cristo se mostraram assaz lentos para lhe dar fé (tenham-se em vista S. Tomé, em Jo 20,25; os discípulos de Emaús, em Lc 24,17-23). Quanto aos pagãos, sabe-se que consideravam geralmente o corpo como cárcere da alma, repudiando, por conseguinte, qualquer hipótese de volta da alma à matéria após a morte do indivíduo. Se, não obstante tal aversão, a notícia da ressurreição de Jesus conseguiu implantar-se entre os povos do Império Romano, a ponto de se tornar o fundamento de vinte séculos de Cristianismo, o bom senso exige que tal notícia fosse verídica ou correspondente à realidade histórica; se não, facilmente haveria sido desmascarada pelos adversários do Evangelho, que não eram pouco numerosos; cf. «P. R.» 8/1957, qu. 1.
Entre as credenciais da Boa Nova, devem-se notar outrossim os milagres que acompanharam a pregação dos Apóstolos (cf. At 5,12-17);… também a surpreendente propagação do Evangelho, doutrina da Cruz, num mundo corrupto e hostil, que até 323 perseguiu os cristãos…
Em suma, o Senhor fez que a implantação do Evangelho no mundo fosse munida de testemunhos objetivos (que aqui não vão minuciosamente explanados por não pertencerem ao tema da questão), testemunhos objetivos suficientes para que até nossos dias a pregação de Cristo e da sua Igreja possa ser inteligentemente aceita (e não aceita simplesmente de olhos fechados, por motivos de rotina, ou por imposição de autoridade).

5. Dizíamos que a Providência Divina houve por bem efetuar numerosos milagres nos primórdios da pregação do Evangelho. Eram necessários em vista das circunstâncias nas quais ressoava a palavra dos Apóstolos, pregando um Messias crucificado, «escândalo para os judeus, loucura para os gregos» (cf. 1 Cor 1,23). Sujeitos às perseguições desde os tempos do Imperador Nero (64-67), os primeiros arautos do Evangelho não teriam conseguido resultado algum se não fôra a intervenção extraordinária de Deus em seu favor.
Uma vez, porém, passadas as circunstâncias dos primeiros tempos, a Providência não continua a suscitar os abundantes milagres de outrora. Registram-se, sem dúvida, ainda hoje portentos que confirmam a veracidade do Evangelho; tais são, entre outros, os que se verificam em Lourdes, Fátima, nas canonizações dos santos, etc.; a Santa Igreja faz questão de submeter os apregoados fenômenos extraordinários ao exame de cientistas e teólogos, a fim de se certificar de que se trata de verdadeiros sinais de Deus.
Os milagres, porém, sendo derrogações às leis que o Criador sábio incutiu à natureza, não podem constituir o regime normal de salvação para os homens: Deus, tendo dado, pois aos elementos, não lhes faz exceções sem finalidade proporcionalmente importante; em tudo Ele observa harmonia e consonância. Ora, para promover a conversão dos homens, existem não somente as credenciais objetivas que assinalamos (principalmente a ressurreição de Cristo, base de vinte séculos de Cristianismo), mas também os auxílios invisíveis da graça dados aos homens que ouvem a palavra de Deus, para que se convertam. Podemos estar certos de que o Senhor não deixa criatura alguma destituída dos elementos necessários à salvação; para isto, porém, não precisa de fazer milagres (exceções); a graça de Deus, mesmo no setor das coisas ordinárias, é muitíssimo variegada em suas vias…

6. Deve-se mesmo dizer (quase paradoxalmente) que, para quem não possui um ânimo sincero e dócil para aceitar os meios ordinários de salvação, nem mesmo os meios extraordinários ou milagrosos servem de alguma coisa. Sim; a alma mal disposta não se rende nem diante dos sinais mais retumbantes, mas está sempre pronta a retorcer e anular o significado de qualquer milagre.
É o que o Senhor mesmo se digna ensinar no S. Evangelho mediante a parábola do ricaço e do mendigo Lázaro (Lc 16,19-31): um homem, diz Jesus, banqueteava-se todos os dias, desprezando um pobre e doente, Lázaro, assentado à porta de seu palácio. Morreram o rico e o mísero… Após a morte, o gozador experimentou tremenda decepção, consequente ao seu egoísmo. Em sua amargura, então, pediu ao Pai, permitisse que Lázaro reaparecesse na terra para admoestar os cinco irmãos do ricaço, precavendo-os contra semelhante desilusão. Do céu, porém, recebeu a resposta seguinte: «Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos!»; o que queria dizer: «… têm os meios ordinários de salvação, os quais são suficientes». Insistiu, porém, o ricaço: «Mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão». Falsa esperança! A voz do alto replicou: «Se não ouvem a Moisés e aos profetas, não se deixarão persuadir, mesmo que ressuscite alguém dentre os mortos!».
Esta parábola de Jesus incute claramente a todos os homens a necessidade de se aproximarem de Deus nesta vida, contando com os meios ordinários da Providência, e não com recursos extraordinários. A ninguém é lícito pretender receber sinais milagrosos de Deus para abraçar a verdadeira fé; engana-se aquele que julga que, se o Senhor fizesse hoje em dia mais milagres ou um milagre de alcance universal, todos ou quase todos os incrédulos se converteriam. Quem resiste aos meios comuns de salvação, muitas vezes não o faz porque careça de evidência objetiva para abraçar a fé, mas porque criou hábitos e disposições morais que ele com sacrifício deveria remover, caso um dia aderisse à fé; assim a paixão desregrada pode deter o homem diante de qualquer sinal de Deus!

7. Acontece que a Providência Divina não faz chegar a mensagem do Evangelho a todos os homens, permitindo que uns vivam na idolatria e outros na heresia. — Tais homens, que, sem culpa própria, desconhecem a verdadeira fé, podem, sem dúvida, salvar-se, caso observem com toda a fidelidade os ditames da sua consciência, entre os quais é fundamental o seguinte: «Faze o bem (todo o bem, que vires ser obrigatório) e evita o mal (todo o mal, que vires ser proibido)».
Está claro que a tais homens o Senhor não pedirá contas de uma profissão de fé e de observâncias religiosas que, sem culpa própria, terão ignorado ou jamais terão conhecido autenticamente. Serão julgados conforme a sua fidelidade aos ditames de sua consciência e poderão conseguir a bem-aventurança celeste destinada a todos os justos (contanto que perseverem rigorosamente de boa fé no erro, fazendo lealmente tudo que a consciência lhes mande, até o fim da sua vida); cf. «P. R» 1/1958, qu. 7.