19 de março de 2012

Chiara Lubich, discípula e missionária da unidade

Colaboração do associado José Pires


No último dia 14 de março, celebramos 4 anos do falecimento de Chiara Lubich, uma das mulheres que mais marcaram o século XX. Fundadora da espiritualidade da unidade, a Obra de Maria, conhecida por Movimento dos Focolares, ela semeou a paz entre os humanos. 


Depois de 88 anos, após uma vida totalmente dedicada a Cristo e ao próximo, sobretudo após sua consagração pessoal a Deus naquele 7 de dezembro de 1943, fiel em tudo à Igreja, ela partiu serena, deixando um único testamento aos milhões de membros do seu Movimento: querem ser fiéis ao nosso carisma? Amem-se uns aos outros. Quem ama está em Deus. Sejam unidos no amor, para que o mundo creia.


Chiara, com a força de sua inteligência, de sua coragem, de sua bondade e, sobretudo de sua humildade, conseguiu o que tantos não conseguem por outros meios: unir e reunir pessoas de religiões diferentes, de partidos políticos diferentes, de raças, povos e costumes diferentes. Sua vida e sua obra são um dom eloqüente do Espírito Santo para o mundo atual, tão marcado pela concorrência, pela sede incontrolável do lucro, pela busca insaciável do poder, afinal, pelo individualismo e pela ambição.
Era mesmo necessário que surgisse entre os humanos alguém que re-ensinasse esta verdade à humanidade, e, vivendo ela própria radicalmente o mandamento novo, como fiel discípula do Senhor, mostrasse ser possível a civilização do amor.
Para que a Igreja possa viver mais intensamente os sagrados mistérios da Paixão e Morte do Senhor, marcadamente celebrados neste tempo da Quaresma, Chiara deixa como legado a espiritualidade de Jesus Abandonado, imagem de todos os sofrimentos possíveis às pessoas. Ela, em suas meditações, pôde descobrir que o momento de maior sofrimento de Cristo foi quando ele bradou no alto a cruz: MeuPai, meu Pai, por que me abandonaste! Mistério do abandono. Mistério do amor.
Nos movimentos da alma que vive autenticamente o espírito quaresmal em profundas reflexões sobre a o valor da vida, combatendo a cultura da morte, podemos compreender ainda melhor as razões desta luta, com o exemplo de alguém que soube doar a sua vida inteira pelo irmão, como ensinou o Mestre dos mestres.
Chiara professou expressivamente sua fé na ressurreição, creu em Jesus, viveu como Maria, sempre ao lado do Filho de Deus. Ressuscitar é receber, da parte de Deus, a confirmação e a perpetuação da vida para o mesmo corpo revestido de glória, incorruptível, que nunca mais passará pela morte. Eis a mensagem central da fé cristã, a que a Igreja não pode nunca renunciar. Qualquer outra explicação para a vida depois da morte, como a reencarnação em suas várias versões, além de outras tentativas de explicações para a realidade futura, não encontra nenhum fundamento na doutrina de Cristo a quem Chiara serviu como discípula  e anunciou como missionária.
Unidos a todos os que morrem verdadeiramente no Senhor, nossa vida se abre para receber de Deus, na Páscoa, mais uma vez a força da ressurreição que vence o pecado em nós e abre, por toda a eternidade, a vida plena em Deus.
O exemplo e a intercessão de Chiara nos impulsionem na vivência do mandamento novo, para construirmos juntos, um mundo renovado pelo amor que vem de Deus, certos de que, se estamos unidos, Ele está no meio de nós!

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