23 de fevereiro de 2012

Distração ou arrogância?

Durante o período da Quaresma o verdadeiro cristão destina sua vida para reflexão. O católico busca neste tempo o seu crescimento espiritual. Basta parar um momento e analisar sinceramente a sua vida e a expressão dos Evangelhos. Com certeza serão encontrados muitos pontos ingratos, que precisam tomar outro rumo para nos tornarmos melhores. A partir daí, poderemos com certeza encontrar caminhos mais autênticos de ver o irmão e dar exemplos cristãos, vivendo na Páscoa, a grande festa da Igreja, a plena ressurreição de Jesus Cristo em nossas vidas. 

Foto:  N . Teles
Este pensamento, na mão certa da nossa história, no nosso dia a dia, coaduna-se com a análise do professor Mário Sérgio Cortella*, Publicada em Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, hoje, com o titulo de Distração ou Arrogância? Veja o que ele diz: “Gente arrogante é incapaz de prestar atenção. Você está conversando com o arrogante, ele não presta atenção no que você está falando. Ele fica pensando em outra coisa enquanto você fala. Ele não quer nem saber o que você está falando. Ele só está esperando você parar, para ele continuar falando. O arrogante esquece uma frase do grande teólogo catarinense Leonardo Boff, que diz que “um ponto de vista é a vista a partir de um ponto”. A vida que não se apequena, entre outras coisas, nos obriga a perceber essa multiplicidade de pontos de vista. O arrogante acha que só tem um ponto de vista que vale: o dele. Aliás, o arrogante costuma dizer, e muito: “Só há dois modos de fazer as coisas: o meu e o errado. Vocês escolham”.

Este é o momento de avaliar o nosso comportamento diante do irmão. Este é o momento, ou sempre é o momento? Eu digo sempre, apesar de não agir assim. Infelizmente. Uma maneira de ser atencioso com os outros todos os dias é escutá-los. Segundo Will Rogers, “se não soubéssemos que teríamos a oportunidade de falar em seguida, ninguém escutaria”. “Ouvir alguém não significa que concordamos com o que foi dito, mas que estamos interessados em compreender suas motivações”, afirma James Hunter. Não há como não concordar com a afirmação, pois a atitude adequada em cada situação da vida é respeitar o outro e entender a importância de cada um, em cada lugar e tempo. Vale pensar que a cada minuto de nossa vida precisamos impressionar os outros. Este pensamento cai muito bem especialmente para artistas, políticos, gente pública em geral, enfim para todo mundo. Portanto, aparecer bem na foto, como se diz popularmente, e ser atencioso, gentil, bom ouvinte e centrado, não deve ser o comportamento momentâneo e racional, mas uma prática na vida.

* Mário Sérgio Cortella, autor de Qual é a tua obra? Ed. Vozes 


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